Como criar filhos na era digital - Resenha crítica - Elizabeth Kilbey
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Como criar filhos na era digital - resenha crítica

Como criar filhos na era digital Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Unplugged Parenting: How to Raise Happy, Healthy Children in the Digital Age

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-8577534036

Editora: Fontanar

Resenha crítica

Por que precisamos nos desconectar? 

Nos filmes de ação, é comum compartilhar a angústia dos personagens nas cenas em que um especialista em explosivos precisa escolher qual fio deve ser cortado para desarmar a bomba-relógio colocada por bandidos e terroristas. 

A tremedeira, o suor no rosto, o medo do alicate romper o cabo de cor errada e mandar tudo pelos ares leva os espectadores ao ápice do suspense.

É importante saber que há uma bomba-relógio diante de nossos filhos, presente nas escolas, creches, quartos, salas de estar e acessível por todo o tempo, causadora de discussões intermináveis, desatenção em diálogos importantes e até mesmo assassinato de reputações para os que não sabem utilizá-la adequadamente. 

Tal bomba-relógio é a conexão permanente, por meio de notebooks, tablets ou celulares, os quais podemos carregar para todos os cantos. O tempo de tela excessivo pode causar efeitos nocivos e permanentes no desenvolvimento das crianças e na maneira com que os adolescentes enxergam o mundo ao redor. 

E mesmo nos adultos. Por vezes, nos esquecemos do mundo real, fora das telas. Para entender melhor como a vida tão digital pode interferir no futuro de nossos descendentes, precisamos nos desconectar e observar melhor o que está acontecendo na própria família. 

Precisamos evitar a explosão. A contagem regressiva está passando.

O efeito do tempo de tela numa criança em idade latente 

Kilbey atua como psicóloga infantil há mais de dez anos e no Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido há quase vinte, tempo suficiente para acompanhar mudanças diversas no campo da educação.

Sua maior preocupação é com a fase latente da infância. A autora acredita que muitas dificuldades enfrentadas pelos jovens têm relação direta com o uso excessivo das tecnologias digitais neste momento da vida. 

No Reino Unido, a quantidade de tempo que as crianças passam na internet mais que dobrou em dez anos. Além disso, as crianças têm seu primeiro acesso cada vez mais cedo, muitas vezes no período entre os três e sete anos. 

E o mais curiosos é notar que desenvolvedores de tecnologias usadas no mundo inteiro, como Steve Jobs ou Bill Gates, não deixam que os próprios filhos abusem delas.

Isso é um sinal: limitar a quantidade de tecnologia para os filhos pode ser um caminho a ser pensado para evitar consequências no futuro. Mas, afinal, é bom ou ruim que as crianças tenham aparelhos como tablets e celulares?

Possuir um aparelho

Lá vai a surpresa: por mais que defenda uma maior desconexão das crianças, a autora revela que seu filho de oito anos tem um tablet desde os quatro. Ao ouvir isso, muitos pais perguntam para ela qual a idade certa para comprar um aparelho desse tipo para sua criança e se é necessário, de fato, incluir os pequenos nesse tipo de tecnologia. 

A sua escolha foi de ordem prática: para evitar brigas familiares por causa de aparelhos, presenteou-o com um tablet. Mas, para que ele seja usado, há uma série de atividades e obrigações que ele deve cumprir. 

Desde cedo, foi ensinado que as lições devem estar em dia, as notas precisam ser as melhores possíveis e o que for combinado dentro de casa precisa ser seguido até o fim. Caso contrário, nada de tablet, que permanece desligado.

Desta maneira, a autora trabalhou desde os primeiros anos com o filho noções de responsabilidade e compromisso. Também, assim, ela conseguiu colocar em sua cabeça a importância da disciplina para conseguir os momentos de lazer depois das obrigações. 

Praticamente uma negociação. Mas cada caso é um caso e é necessário ponderar, individualmente, quando vale a pena presentear os filhos com um aparelho. 

Questões a considerar antes de comprar um aparelho para o seu filho

Estas são as duas principais questões a ponderar antes de comprar dispositivos digitais para os filhos:

  • Isso vai causar mais tempo de tela? 
  • Vai provocar tempo de tela privado/desregulado? 

Tempo de tela desregulado

Quando o tempo de tela não for regulado ou supervisionado, podem surgir problemas e o mais frequente é a perda de controle dos pais. 

Há casos em que os aparelhos da internet funcionam como muleta para suprir a desatenção com os filhos. É assustador pensar que 44% das crianças navegam na internet, têm perfis em redes sociais e assistem conteúdos sem que haja uma supervisão dos pais. 

E a coisa só piora quando o assunto são crianças de seis anos de idade: nesses casos, metade delas navega na internet sozinha no próprio quarto. 

É importante ter em mente que os celulares, computadores, laptops, tablets ou videogames não podem ser responsáveis pela atenção dos filhos. Muitos pais e mães colocam a tela para o filho sem estipular regras e acabam engolidos pela tecnologia. Perdem o controle e depois vilanizam os aparelhos criados para melhorar nossas vidas. 

Analise o seu cotidiano e pense, atentamente, até que ponto o uso da tecnologia por seus filhos foi escanteado, como desculpa para eles passarem o tempo e não lhe incomodarem. E aí, está satisfeito?

Quanto tempo on-line é demais?

Não existem recomendações específicas, tanto por parte de governos quanto de especialistas, sobre qual a quantidade exata ou excessiva para o uso da tecnologia para cada idade das crianças. 

Há uma recomendação genérica da Academia Americana de Pediatria para o uso máximo de uma hora de tempo de tela por dia entre crianças de dois a quatro anos. A partir dos seis anos, só há a indicação de que os pais precisam limitar as mídias digitais, de acordo com critérios definidos pelos próprios educadores. 

Tudo é muito vago, não há critérios específicos para a quantidade de horas ideal. Afinal, a hiperconexão é um fenômeno recente. O tempo de tela vira um problema quando interfere no sono adequado, atividades físicas e em comportamentos benéficos para a saúde. 

Em suma, os critérios são definidos pelos pais, não há indicação científica clara do que é muito ou pouco tempo de tela. É quando o tempo on-line interfere no funcionamento de questões do dia a dia que ele vira um problema. 

Vício

Foi em meados de 2013 que o vício na internet foi incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM, publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, como assunto digno de estudos mais aprofundados. Trata-se de um manual de referência para os profissionais da área. 

O vício em internet é reconhecido globalmente e já há a criação de centros de reabilitação para jovens em países como os Estados Unidos e China. 

Tendo em vista que o excesso do tempo de tela pode causar problemas maiores no futuro, o uso de aparelhos pelas crianças deve ser acompanhado com proximidade pelos pais e responsáveis. 

Redes sociais e restrições de idade

Para criar um perfil no Twitter, Facebook, Instagram, Pinterest e Snapchat, a idade mínima segundo suas diretrizes é de 13 anos. No YouTube, essa idade é 18 anos. Isso considerando questões legais, já que há uma lei nos Estados Unidos exigindo consentimento dos pais para a criação de redes sociais a quem tem menos de 13 anos. 

Embora tais leis sejam para a proteção infantil, sabe-se que é muito simples burlar tal restrição. Levando em consideração que crianças e adolescentes tendem a buscar  se sentir acolhidos em grupos, é comum que elas desejem estar em todas as redes possíveis. 

E 53% dos pais não têm a mínima noção das exigências das redes sociais. Cerca de 44% das crianças acessam a internet no quarto, longe dos pais. 

Se há restrições, elas não são à toa. Daí a importância de monitorar, com proximidade, os movimentos dos filhos nas redes sociais, o que postam, curtem, compartilham. Caso contrário, o distanciamento cresce. E pais distantes de filhos nunca trazem bons resultados na criação e no convívio diário. 

Imagem corporal e selfies

Todo mundo já notou o quanto os jovens são obcecados por selfies. Buscamos usar imagens dos bons momentos, ainda que a vida não seja preenchida apenas por eles. 

A aparência é cada vez mais valorizada e a tendência das próximas gerações valorizarem excessivamente a vaidade é grande. Por isso, é fundamental trabalhar muito com os filhos  sobre a própria imagem.

É comum ver crianças frustradas pela publicação de fotos de si próprias, com poucas curtidas, comentários e repercussão. Explicar para elas que há mais valores para além das fotos e da vida virtual deve ser uma constante entre pais e filhos. 

Para manter as crianças seguras e minimizar os riscos da vida virtual, os pais devem entendê-la, não se afastar. 

Riscos virtuais e como manter as crianças seguras 

A maior preocupação dos pais ao ver suas crianças acessando a internet é com os riscos. Muitos sequer têm a menor ideia de como mantê-las seguras diante de tanta exposição e perigos que a internet proporciona. 

Atualmente, 73% das crianças entre cinco e 17 anos acessam à internet do quarto, longe dos pais. Daí o medo aumenta, tendo em vista que há tantos crimes praticados virtualmente, bem como pessoas mal-intencionadas se aproveitando de sua inocência. 

A melhor maneira de manter as crianças seguras é o controle e transparência, limitando o uso da internet e das redes sociais para que elas não virem sua prioridade, bem como explicar sem segredos como funcionam todas as redes, quais valores devem ser preservados na vida real, fora da internet. 

Não dependa apenas de restrições

Os pais não podem depender apenas das restrições do tempo de tela para controlar o acesso dos filhos à internet e às redes sociais. Os responsáveis são os reguladores número 1 da vida virtual dos filhos.

Ainda assim, apenas restringir, sem dar explicações verdadeiras sobre os malefícios e benefícios da vida virtual, é um equívoco. Com tantas informações disponíveis, ter um filho descobrindo e desmascarando uma mentira contada pelos pais com o intuito de apenas e tão somente punir as crianças gera a perda de confiança, que só piora as situações. 

Colocar responsabilidade aos filhos no uso da internet e das redes sociais, discutir com eles melhores maneiras de aproveitar o tempo de tela e também fora dela é a melhor maneira de promover uma aproximação entre as partes. 

Notas finais 

Criar filhos na era digital é um desafio constante. Por vezes, aterrorizante.

Os dados sobre o tempo de tela excessivo variam de acordo com os estudos. Ainda assim, sabe-se que ele pode trazer prejuízos às saúdes física e mental de crianças e adolescentes. 

Mas não há como fugir. Elizabeth Kilbey provou neste Como criar filhos na era digital que o melhor é ponderar, analisar caso a caso e entender qual o contexto daquela família, daquelas crianças. 

A criação dos filhos em tempos de hiperconexão é um processo constante. E afastar-se das redes ou dos filhos, sem estudar os cenários diversos, é o maior erro que pais podem cometer. 

Dica do 12’

A leitura do microbook Como criar um adulto, da autora Julie Lythcott-Haims, é um excelente complementar para todos aqueles que se deparam diariamente com os desafios da educação contemporânea em um mundo cada vez mais digitalizado. 

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Quem escreveu o livro?

Elizabeth Kilbey é uma psicóloga clínica, especializada no tratamento de crianças, e na compreensão de seus comp... (Leia mais)

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