E se eu parasse de comprar? - Resenha crítica - Joanna Moura
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E se eu parasse de comprar? - resenha crítica

E se eu parasse de comprar? Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Estilo de vida

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5511-237-5

Editora: HarperCollins

Resenha crítica

Sempre quis ser uma dessas pessoas

Antes de criar o blog “Um ano sem Zara”, Joanna Moura tinha uma rotina comum de acordar com o despertador soando pela quarta ou quinta vez. Era normal derrubar algum dos tantos objetos espalhados por seu quarto até conseguir pegar o celular com calma e começar o dia. 

Quase sempre atrasada, corria contra o tempo para escovar os dentes, tomar banho, trocar de roupa e ir para o trabalho. Quando abria o guarda-roupa, sentia-se confusa sobre o que escolher. Bolsas caíam, tecidos coloridos se misturavam em cada aresta do móvel abarrotado de paetês, calças jeans, roupas novas ainda com etiqueta e abadás de dez ou mais anos antes. 

Qualquer um que olhasse para aquela massa colada, parecendo ser uma coisa só, não imaginava que fosse possível incluir uma única peça de roupa a mais no aglomerado. Certamente, havia muito mais itens do que ela poderia usar em um período curto de tempo. Se achava um vestido, uma camisa, ou mesmo um casaco bonito, a publicitária fazia questão de comprá-lo, mesmo que demorasse anos para usar pela primeira vez. 

Toda semana, uma nova aquisição chegava naquele guarda-roupa. Para se ter uma ideia, eram mais de 30 macacões alinhados um ao lado do outro, separados por cor. Quando se sentia triste, comprava roupas. Se brigava com o namorado, comprava roupas. Para comemorar, comprava roupas. 

Ao ver o armário cheio e a conta vazia, no vermelho, mesmo trabalhando tanto, viu que era hora de mudar. Nascia assim o blog “Um ano sem Zara”, com o desafio pessoal de passar 365 dias sem comprar uma única peça. 

Uns vão à igreja, outros ao shopping 

A primeira lembrança da autora comprando roupas foi quando tinha ainda nove anos e cinquenta semanas. A satisfação de adquirir uma bermuda jeans que a acompanharia durante todo o ano letivo é inesquecível. 

Ainda em sua primeira década de vida, foram muitos os episódios de consumo que a deixaram satisfeita, surgindo sempre como memórias soltas e flashes de episódios aleatórios. E aquilo ficou tão marcado que determinou parte de sua personalidade na vida adulta. 

Quando fecha os olhos para recordar momentos marcantes, quase sempre eles estão acompanhados de compras. Todos os anos, por exemplo, a busca por um biquíni para substituir o anterior era tarefa sagrada. 

Ao sair da primeira infância e entrar no período da pré-adolescência, os registros mais notáveis são de entrar no shopping com sua mãe para adquirir novas peças para festas de aniversário, o colégio e as atividades sociais. Da mesma forma que muitas pessoas veem na ida à igreja um ato sagrado, para ela estar no shopping diante das vitrines era uma rotina religiosa. 

Na fase em que começava a se cansar dos brinquedos e passava a enxergar o mundo de outra forma, também iniciava um período de ter no armário lotado um altar sagrado, numa fase da vida que demoraria mais de uma década para passar com tantas coleções e conjuntos abarrotando seu guarda-roupa. 

A melhor roupa de todos os tempos da última semana

Durante o segundo mês de existência de seu blog, veio a primeira crise de abstinência. Estava perto de seu aniversário, com as lojas em liquidação de verão, as tendências de outono/inverno começavam a ganhar as ruas e sua vontade de comprar uma nova peça veio forte. 

Depois de 30 dias sem adquirir novas peças e relatando para o público da internet seu desafio pessoal, resolveu encarar um armário lotado e só conseguia ver o que ele não tinha. Era uma saia longa, presente em todos os cantos da cidade, feita num tricô pesado, que ela achava precisar. 

Menos de um terço do desafio de passar um ano sem comprar roupas havia passado e ela já pensava em desistir. Quando estava prestes a ter sua primeira recaída, o porteiro de seu prédio informou sobre a chegada de um pacote. Marcela, irmã de Joanna, a presenteou com uma peça de roupa nova. 

Foi o suficiente para que a vontade de comprar a tal saia da moda fosse embora, deixando claro o quanto não havia a menor necessidade de adquirir mais uma peça. Era o consumismo exacerbado dando as caras mais uma vez. Deu para resistir à crise de abstinência e perceber o quanto temos mais do que precisamos. 

O desafio seguiu, com o blog crescendo, alcançando cada vez mais audiência, com muita gente compartilhando o quanto se sentiam presos a uma cadeia de consumo que não fazia sentido, apenas esvaziava a conta de quem se via incapaz de juntar dinheiro. 

Vai para onde assim?

Passamos da metade deste microbook, em que Joanna Moura relata que para não sucumbir ao desafio contra o consumismo, chegou a jogar fora toda sua coleção de revistas Vogue. Houve uma ocasião em que amarrou uma canga na cabeça e foi trabalhar com um blazer por cima de um vestido sobre uma calça.

Era seu dia 78 sem compras e ela se sentia cansada de produzir novos looks para aplacar a ânsia por comprar novas peças. Durante aquela semana friorenta em São Paulo, a opção de improvisar com o que tinha no guarda-roupa era praticamente uma meta a ser cumprida. Depois do presente de sua irmã, não sucumbiria de forma alguma. 

Em seu blog, postava fotos compartilhando as combinações tão diferentes para seu perfil, fazendo com que muita gente conhecida perguntasse se estava realmente tudo bem com ela. Ser criativa era a única opção. 

E muitas vezes, essa é a melhor alternativa para quem enjoa do próprio closet. A salvação contra uma compra desnecessária, da qual nos arrependemos pouco tempo depois, ao perceber que uma nova peça não tinha a serventia pensada e só acalmou uma vontade louca de consumir, pode ser uma combinação diferente ou mesmo o improviso.,. 

Se não fosse a determinação e a racionalidade ao notar que o armário já estava muito mais cheio que o razoável, certamente Joanna teria encerrado o desafio bem antes do previsto. 

Pesado de carregar

Algum tempo depois de se separar do namorado, Joanna não teve coragem de publicar em seu blog os rumos que sua vida pessoal tinha tomado. Nem que havia falhado no desafio e comprado uma calça jeans. E ficou bastante tempo sentindo-se paralisada, sem saber o que fazer da vida. 

A sacola ficou no mesmo canto do sofá durante três dias, em que se sentiu como uma criminosa, uma assassina. Foram horas na frente da televisão, anestesiada, e culpada por ter falhado. Só conseguiu se levantar para ir à portaria buscar uma pizza. 

No meio da noite, Joanna dormiu no sofá, no canto oposto ao da sacola da vergonha. Seu sentimento era de traição. Como se tivesse pulado a cerca e enganado todas as roupas de seu armário, tão fiéis a ela por anos e anos. Pedaços de pano que ela havia comprado em momentos especiais, de impulso e alguns até sequer tinham sido usados, deixados de lado por um amontoado novo de tecidos. 

Por que ela falhou no desafio, se tinha uma calça jeans perfeita em seu corpo, com seu cheiro, moldada a seu tipo físico? Qual era a necessidade de comprar outra peça praticamente igual? Seu sentimento era de falha consigo e com todas as pessoas que acreditavam nela. Seus pais, amigos e milhares de pessoas que liam os escritos diários. 

Sentiu vontade de acabar com o blog e sumir do mundo. Mas sua solução foi mais simples. Joanna guardou esse segredo para si junto com sua culpa e seguiu postando fotos, mesmo sem inspiração para escrever. 

Continuou com a missão e com o desafio, mesmo naquele momento de aparente fraqueza, em que a constatação de que aquela compra tinha sido muito mais pela tristeza da separação do que por uma necessidade real, e mostrou como o consumismo apela fortemente a nossos impulsos mais íntimos. 
 

Até!

A um mês do fim do desafio e do encerramento do blog “Um ano sem Zara”, Joanna já se sentia outra mulher. Sua conta não estava mais no vermelho havia mais de meio ano, seu celular não ficava mais bloqueado por falta de pagamento e as dívidas foram pagas. Agora, já conseguia entender quanto entrava e saía mensalmente. Seu salário não era apenas para dívidas e já podia guardar para realizar planos. 

Até promovida ela conseguiu ser no meio desse processo, em que uma mudança de apartamento permitia que vivesse com a consciência tranquila de uma vida digna, sem depender de mais ninguém. 

Todos os dias, era perguntada sobre o que compraria no dia seguinte ao término do desafio. Foram 366 dias de blog e ela já não se sentia mais sozinha num mundo em que o consumismo tenta nos dominar diariamente. Mas a vida de blogueira não era para Joanna e ela entendeu que seu “Um ano sem Zara” cumpriu uma missão, tanto para a autora quanto para os milhares de leitores que interagiam com seus textos e postagens diárias com a montagem de looks combinando peças do guarda-roupa. 

Em 2 de março de 2012, ela encerrou suas atividades no blog, entrou no apartamento em que morava pela última vez e sua transformação se realizou plenamente. Hoje, seu armário e sua vida têm tudo aquilo que é suficiente para dias mais plenos. Sem exagero, sem impulsividade, com muita satisfação. 
 

Notas finais 

Se você é do tipo que faz compras e depois se arrepende, perguntando a si mesmo por que adquiriu aquela roupa ou produto qualquer, este microbook tocou fundo. Quando olhamos de fora a trajetória de Joanna Moura, percebemos não fazer sentido ter um armário com mais de 30 peças de um mesmo tipo de roupa. Mas quando se está imerso no ciclo interminável do consumismo, comprar é um hábito repetitivo e indispensável. Seu blog certamente ajudou muitas pessoas a desenvolver uma visão mais racional sobre finanças e necessidades. E sua vida serve de inspiração para quem ainda não sabe por qual ralo seu dinheiro anda escorrendo. 

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Quem escreveu o livro?

Publicitária, produtora de conteúdo e fã de moda, a autora criou o blog “Um ano sem Zara” em 2011. Com mais de 100 mil acessos por post... (Leia mais)

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