O Gambito da Rainha - Resenha crítica - Walter Tevis
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O Gambito da Rainha - resenha crítica

O Gambito da Rainha Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Ficção e Esportes

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Queen's Gambit

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-84-2046-028-4

Editora: Arqueiro

Resenha crítica

O enredo 

Quando O gambito da rainha estreou na Netflix, em outubro de 2020, atingiu um sucesso avassalador em pouco tempo. A minissérie quebrou todos os recordes de audiência e é a mais assistida em todos os tempos na plataforma de streaming. Mais de 62 milhões de pessoas acompanharam a trajetória de uma jovem em sua caminhada na prática do xadrez.

O que pouca gente sabe é que a produção adaptou um livro de ficção, escrito por Walter Tevis e publicado ainda em 1983. E essa versão é bem fiel à história original. 

No original, acompanhamos a protagonista Elizabeth Harmon, conhecida pelo apelido Beth. Depois de sobreviver a um acidente de carro em que sua mãe morre, ela vai morar em um orfanato. E, desde cedo, apresenta uma habilidade fora de série na prática do xadrez. Ainda assim, precisa lidar com repetidas práticas de autossabotagem e traumas relacionados à vida sem os pais para lhe criar. 

Lutando contra comportamentos nocivos, ela começa a vencer diversos campeonatos regionais e internacionais. Alguns personagens enxadristas, como Harry Beltik e Benny Watts são muito carismáticos e levam ensinamentos a Beth, que reconta toda a vida tendo como pano de fundo o esporte que ama. 

Até chegar à maturidade, Beth passa por diversos momentos em que duvida do próprio talento, sem acreditar na capacidade de vencer adversários altamente qualificados e com histórias de vida menos sofridas. Mas Beth é uma campeã, mesmo com dificuldades enfrentadas partida após partida, capítulo a capítulo. 

Amadurecimento

Beth enfrenta empecilhos durante sua trajetória, que precisa superar se quiser, de fato, ser uma vencedora como enxadrista. Dois dos maiores adversários da protagonista são os tranquilizantes e o álcool, usados de forma excessiva e perigosa.

Levando em consideração as dificuldades e preconceitos existentes na década em que se passa a história, é de se supor que não existiam muitos recursos para o tratamento de traumas tão fortes quanto aqueles enfrentados por ela em sua trajetória. 

Apenas a genialidade de Beth faz com que episódios como a chegada dela de ressaca em uma das partidas mais importantes de sua vida não arruine toda a carreira. Isso porque, apesar dos vícios e problemas psicológicos, a protagonista surge como uma alcóolatra funcional. 

Com o passar do tempo, o amadurecimento de Beth a faz entender como o xadrez é seu maior propósito de vida, exigindo dela passar por cima de vícios e de problemas internos. 

Beth Harmon existiu de verdade?

Passamos da metade do microbook com uma dúvida que esteve presente na cabeça de muitos espectadores, que conheceram a história pelas telas da Netflix. E a resposta é simples. Por mais comovente e tocante que seja, a história de O gambito da rainha é completamente ficcional. 

Beth Harmon teve como inspiração a trajetória de Bobby Fischer, um mestre do xadrez que também começou a praticar o esporte ainda cedo, aos 13 anos, e também foi campeão mundial ao derrotar um adversário soviético em plena Guerra Fria. O livro mantém um pé firme na realidade e possui verossimilhança em alta conta. 

Não foi à toa que depois de sua explosão no streaming, a venda de livros, tabuleiros e materiais relacionados ao xadrez também cresceu exponencialmente nos Estados Unidos. Isso mostra como a ficção é capaz de transformar vidas e inspirar milhões de pessoas por todo o mundo. 

Afinal, além de causar maior interesse num jogo de tabuleiro em tempos de streaming, O gambito da rainha também fez com que mais mulheres se sentissem incentivadas a buscarem seu espaço em um lugar tradicionalmente machista.

Mas o que é um gambito?

A palavra do título é estranha e não pode ser confundida com "cambito", gíria usada para falar de maneira jocosa sobre canelas muito finas. O gambito é uma jogada típica do xadrez, uma artimanha em que se sacrifica uma peça para conseguir vantagem na partida. Essa estratégia costuma abalar o psicológico do oponente no começo da disputa. 

E o gambito da rainha é uma das diversas formas de abrir um jogo de xadrez. Nela, o peão da rainha avança para liberar mais espaço, permitindo ao jogador realizar mais movimentações de suas peças no tabuleiro. Ou seja, até no título o livro remete ao xadrez. É uma verdadeira obra de craque. 

Jogadores de xadrez russos são tão bons assim?

Na obra, Beth acaba viajando à Rússia para enfrentar Vassíli Borgov. Ele é um mestre de xadrez, campeão mundial do esporte e adversário na final contra a protagonista. Em meio ao sucesso da adaptação para o streaming, muita gente se perguntou sobre as reais qualidades dos russos na prática deste jogo. 

E a resposta é sim, já que o xadrez é enraizado à cultura da Rússia desde os tempos da União Soviética. Livro e série mostram a prática do esporte em parques públicos, mesmo durante a Guerra Fria. O fato é marcante e houve até mesmo um confronto apelidado de "a partida do século". 

Nessa disputa, o estadunidense Bobby Fischer, inspiração para a criação de Beth, enfrentou o russo Boris Spassky nos anos 1950. O confronto tinha como pano de fundo o duelo entre capitalismo e comunismo. 

Fischer tinha apenas 13 anos neste duelo e dois anos depois se tornou o mais jovem mestre de xadrez do mundo. Sua vitória contra o russo chamou muita atenção justamente por isso. Vencer enxadristas daquele país não era um feito para qualquer jogador. 

E não foi à toa que, após a derrota, o enxadrista russo passou a ser malvisto no próprio país e se mudou para a França, onde continuou jogando e competindo em torneios. Na Rússia, o xadrez é levado a sério. 

Lições para toda a vida 

Podemos ainda guardar lições para toda a vida, tiradas de O gambito da rainha. Estas são as principais. 

  • Seja apaixonado: quando descobre sua vocação e paixão pelo xadrez, Beth faz de tudo para segui-la, levando muito a sério seu talento. Precisa até mesmo superar vícios para continuar vencendo e ser campeã. Isso porque ela vivia o xadrez com intensidade, o esporte estava em sua alma. 
  • Procure ser flexível: como o xadrez é um esporte de estratégia, desde o começo da partida é importante ter fixo na cabeça aonde se quer chegar. Ainda assim, imprevistos acontecem. Por isso, se faz necessário ter flexibilidade, estando preparado para movimentos imprevistos, adaptando a forma de jogar para cada adversário diferente. 
  • Não desista: Beth aprendeu a jogar com um funcionário do orfanato em que morava. Shaibel era um enxadrista de talento, mas foi superado pela pupila. No começo, ele não queria ter o trabalho de ensiná-la, mas depois de muita insistência, deu as aulas para Beth. Se ela desistisse, não chegaria a partidas tão importantes quanto as que enfrentou. 
  • Mentoria é importante: o mesmo Shaibel acaba virando um mentor para Beth, mas acaba perdendo o posto para Benny Watts, um jovem jogador de xadrez muito talentoso dos Estados Unidos. Tanto no mundo empresarial quanto na vida pessoal, ouvir as pessoas certas, que oferecem mentoria com muito conhecimento de causa, é fundamental para o sucesso. 
  • Mantenha a postura: ao longo do livro, é possível notar a evolução de Beth. Manter a postura foi fundamental para ela não deixar que seus problemas internos interferissem nos resultados, já que a postura por si só era capaz de intimidar seus adversários. 

O gambito da rainha é uma obra que dá xeque-mate no desânimo, na falta de confiança e na falta de imaginação.

Notas finais 

O esporte pode ser uma ótima ferramenta de superação, interação e inclusão social. E a trajetória narrada por esse livro deixa claro como o xadrez, por mais que pareça um jogo destinado a poucas pessoas, também cumpre essas funções. A trajetória de Beth inspira jovens, homens e mulheres, a entenderem como diversos espaços podem ser ocupados por todos nós, sem exclusão, mas superação e muito aprendizado. 

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