Você sabe (mesmo) ler? - Resenha crítica - Ana Gonzalez
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Você sabe (mesmo) ler? - resenha crítica

Você sabe (mesmo) ler? Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Produtividade & Gestão do Tempo

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Anagon

Resenha crítica

O cenário externo

Muitos estudantes e leitores em geral reclamam sobre a dificuldade inerente em concentrar-se e se perguntam se o desenvolvimento de habilidades de memorização poderia ser útil. De fato, são preocupações comuns a indivíduos que, com pouco tempo disponível, precisam ler bastante.

Infelizmente, essas preocupações não vêm acompanhadas da adequada preparação para a leitura. Muitos elementos contribuem para isso: organização do espaço, adequação da postura corporal, qualidade da iluminação etc.

Para quem, mesmo cansado, deve iniciar a leitura, é altamente recomendável um relaxamento de quinze ou dez minutos. Esses cuidados podem fazer toda a diferença, contribuindo decisivamente para a apreensão cognitiva.

Você deve elaborar um cenário que estimule a atividade mental. Isso é de suma importância para todos que desejam e necessitam encarar seriamente a tarefa de ler. Afinal, folhear uma revista enquanto espera ser atendido pelo médico, sem compromisso, não exige essas sutilezas.

Outro cenário, o interno

De fato, a leitura se inicia em nosso interior. Para além do cenário externo, existe o interno que, por sua vez, também precisa de cuidados, sobretudo, por que é mais difícil de ser notado. Tal dificuldade se estabelece quando as condições emocionais são negligenciadas, a despeito de estarem sempre conosco.

Cansaço corporal? Estresse pós-expediente? Desentendimento em um relacionamento? Crise de ansiedade? Preocupação com infinitos boletos e contas a pagar?

Essas emoções do dia a dia, devem ser anuladas a fim de que a leitura seja útil. Exercícios respiratórios e alongamentos breves podem ser benéficos para a conformação corporal indicada ao trabalho da mente, dada a sua capacidade de neutralizar as emoções.

Observe como o campo de atenção passa a ser afetado por diferentes variações emocionais e físicas, internas e externas. Antes de irmos adiantes, certifique-se de estar em uma posição agradável e em um local confortável.

Quando começa a leitura?

Engana-se quem considera que a leitura se inicia quando nos concentramos em visualizar as palavras impressas em uma página. Na verdade, o processo de leitura começa antes, indo além do momento de sua efetivação. Por que e como isso acontece?

Bons leitores, de modo geral, possuem um objetivo, isto é, sabem o que estão procurando. Dessa forma, saberá identificar qualquer frustração de suas expectativas. Reconhecer a intencionalidade do ato de ler um texto, levantando hipóteses, é fundamental para antecipar o entendimento das ideias que o leitor espera encontrar.

Os resultados permanecem após a execução da leitura. Os conhecimentos, acumulados a cada leitura, ficam à disposição na memória, podendo ser utilizados na elaboração do arquivo pessoal de cada leitor.

Dinamicamente, as informações reunidas a cada nova leitura se ligam a outras, de tal forma que uma única reportagem ou capítulo pode fazer toda a diferença. Como os leitores se apropriam dos conteúdos? Certamente, tal apreensão se realiza de forma muito mais sutil e elaborada do que poderíamos supor à primeira vista.

Um diálogo pouco convencional

Um dos elementos mais importantes para tornar você um leitor bem formado e consciente encontra-se na compreensão de que a sua tarefa principal é a de interlocução.

Devido a essa característica, a leitura deve ser considerada uma ação na qual você se coloca em contato com um discurso, um texto que expressa as intenções do autor. Esse contato deve ser ausente e neutro em relação aos seus pensamentos particulares.

Todavia, não é raro que as pessoas interpretem as ideias do autor combinando-as aos seus próprios pontos de vista. A separação entre umas e outras é elementar para a obtenção de uma leitura que seja, de fato, reflexiva e crítica.

Suspender suas opiniões e, assim, buscar uma visualização clara é a tarefa a ser feita. As ideias se ligam inexoravelmente a escolha de palavras realizada pelo autor. Isso significa que é preciso desenvolver a capacidade de observar, materialmente, os componentes linguísticos do texto.

Os recursos linguísticos empregados pelo autor podem ser muito úteis, à medida que funcionam como pistas para os leitores. A partir desses pilares verbas, você deve construir um diálogo cuidadoso, pois, em tais objetos residem as marcas de intencionalidade deixadas pelo autor.

Essas marcas são insumos importantes para evitar a interferência de suas próprias ideias. O relacionamento entre o leitor e o texto (seu objeto), requer atenção e cuidado.

O texto, enfim!

Para adotar uma postura ativa e eficiente, é necessário que você acesse algumas conceituações teóricas. Por exemplo, as frases que integram o texto estão, via de regra, vinculadas ao seu centro organizador.

Nesse sentido, o significado do texto é dependente de um todo maior, guiado pela intencionalidade do autor. Ao produzir suas frases, ele usou um determinado contexto como referência, que é a sua própria intenção, da qual não pode se afastar, sob pena de produzir uma obra sem significado.

Dito de outra forma, ao articular as informações de sua mente, ele constrói uma unidade linguística e textual.

Quem se lembra do título?

Infelizmente, muitos leitores não percebem sua presença, rapidamente se encaminhando ao texto, pensando que é tudo o que importa.

Entretanto, o título conduz o leitor até os conteúdos que serão encontrados ao longo do texto. Você deve ter o título em mente durante a leitura. Ele é como um sinal, um guia que o autor oferece de presente ao leitor.

A vizinhança amiga

O texto nunca está isolado, mesmo que sua disposição interna seja repleta de significância: ele integra um todo maior, isto é, um dado contexto.

De fato, o termo “contexto” demanda certa atenção, uma vez que engendra múltiplos significados.

O primeiro, externo ao texto e muito amplo, cuja pergunta essencial é “qual é a sua origem?” indica a existência de elementos próprios caso ele tenha sido retirado de um livro, de uma revista, de um jornal etc.

Essa fonte aporta informações que não podem ser negligenciadas, afinal, a intencionalidade de cada autor se adequa a cada uma.

No entanto, podemos conceber que todo texto integra um quadro maior de informações, que se forma como repertório pessoal e cultural, tanto para o leitor quanto para a sociedade.

A linguagem e os discursos

Os textos encontram-se entre nós, interagimos o tempo todo com eles em nossas experiências diárias. Além dos que utilizamos para estudar, outros permeiam diferentes situações sociais: artigos jornalísticos, receitas médicas, relatórios burocráticos, mensagens de internet, receitas culinárias etc.

A linguagem, enquanto habilidade humana, vem sendo compreendida de várias formas com o passar do tempo: como lugar de interação, como representação da realidade que nos cerca, como instrumento comunicativo etc.

A linguagem verbal, naturalmente utilizada no dia a dia, está conosco desde o nosso nascimento. Todavia, para que a nossa comunicação seja adequada é preciso ir além do conhecimento irrefletido e espontâneo de nossa linguagem.

É necessário compreender o interlocutor, perceber a situação e o contexto no qual agimos de modo que a linguagem verbal cumpra sua função. A partir da prática regular da leitura, a adaptação pode ser efetivada com maior naturalidade, levando em consideração os elementos contextuais da comunicação.

O mundo dos textos

Os textos transmitem discursos próprios a seus escritores e se condicionam a fatores sociais e históricos. Por isso, eles são tão diversos quanto as condições culturais que os criaram.

Os textos constituem um mundo no qual todos devem transitar. A imensa variedade de textos é criada a partir da comunicação de conteúdos legais, burocráticos ou práticos, de necessidades diárias, de espaços sociais etc.

A sociedade atual, cada vez mais complexa, tem assistido atônita a uma contumaz multiplicação de formas e tipos textuais que adentram diversos campos, atingindo espaços e privadas.

Entre as atividades sociais, é possível encontrar inúmeros discursos, tais como o legal, o doméstico e o religioso.

Enquanto os discursos religiosos (Bíblia, Alcorão, orações, sermões etc.) apresentam uma construção mais rebuscada, os textos relacionados ao ambiente doméstico (orçamento do pedreiro, lista do supermercado, receita de bolo, bilhetes para os filhos, entre outros) são marcados pela espontaneidade e informalidade.

Uma vez que todos possuem fins particulares de comunicação, devem estar ao alcance do entendimento das pessoas a que se destinam, caso contrário, seu objetivo pode ser frustrado.

A vivência em diferentes ambientes culturais e sociais exige que esses textos apareçam, pois, eles detêm uma função organizativa. Ao longo do tempo, eles mudam de acordo com as transformações sociais.

Sendo assim, o discurso atual de um padre tem características distintas daquelas de cem anos atrás. Os textos dos jornalistas também sofreram adaptações com o advento e a popularização da internet, passando por alterações em sua atividade informativa.

Até mesmo os currículos profissionais se transformam com vistas a atender as necessidades das empresas. Todas essas alterações se deram por motivos, de certa forma, espontâneos, originados a partir de condicionantes culturais e sociais, a serviço da eficiência comunicativa.

Outros níveis

Infelizmente, não temos, depois da primeira leitura, uma compreensão clara sobre o conteúdo de um texto e, tampouco, a capacidade de sintetizar suas principais ideias.

Desse modo, muitos leitores se queixam da urgência de entenderem os textos. É possível compreender rapidamente as suas ideias? Uma vez que esse entendimento nem sempre acontece logo na primeira vez que lemos, é preciso identificar os motivos para isso.

Na verdade, a primeira leitura serve para estabelecer o contato. A segunda leitura, certamente, reafirma (ou não) algumas noções a seu respeito e nos possibilita um entendimento mais acurado, com mais objetividade e menos insegurança.

Entre ambos os momentos, há um registro cognitivo, isto é, um necessário amadurecimento em relação à natureza de seu conteúdo, um tempo para digerir as informações e os conceitos que ele traz, contribuindo, assim, para a compreensão profunda de seus significados.

Os blocos de palavras

Durante a leitura, as palavras são armazenadas a partir do movimento dos olhos, compondo um material que será identificado em blocos, de acordo com a nossa habilidade linguística.

Gonzalez chama de fatiamento essa organização em blocos de palavras. Esse arranjo se refere às noções elementares de complemento indireto e direto, predicado e sujeito. Muitos leitores perderam (ou, devido a uma educação deficitária, não adquiriram) a capacidade de reconhecer essas unidades sintáticas.

Sendo assim, precisamos recuperar o entendimento de que a carga semântica e a construção das ideias do autor são refletidas nos blocos de palavras. Portanto, identificar esse fatiamento sintático é uma tarefa fundamental para qualificar a leitura.

Coesão e coerência

A coesão de um texto é formada a partir do encadeamento de parágrafos e frases em relação ao seu sentido geral. Além disso, a coesão tem a função de relacionar as diferentes partes do texto.

Existem muitos recursos com essa finalidade, entre os parágrafos e as frases, como os sinônimos, os denotativos e os pronomes. As formas de expressão criam tais mecanismos de ligação entre as partes do texto.

A despeito de ocorrer em um nível superficial, a coesão também se concatena ao nível semântico. Logo, a coerência e a coesão são elementos de ordenação, aptos a nos indicar a adequação do texto em relação à intencionalidade e os objetivos do autor.

Os textos dependem da colaboração desses diferentes níveis de resolução, de modo a impedir que ele se assemelhe a um quebra-cabeças, sendo um sistema ordenado e possa ser utilizado como instrumento de interação social.

A folha de registro

A folha de registro deve conter as anotações das principais ideias do texto que você está lendo. O ideal é dividi-las em chaves, esquemas, tópicos ou outras formas pessoais de marcação. Isso contribui enormemente para o entendimento e memorização dos conteúdos.

O resultado dessa atividade não é, necessariamente, um resumo, pois não há obrigatoriedade de organizar as marcações em um esquema lógico. O mais importante é que esse exercício atenda suas preferências particulares e necessidades pessoais.

Pode haver predominância de frases, desenhos ou setas, dependendo de suas particularidades e dos temas estudados. Cabe a você descobrir maneiras eficazes de efetivar o arquivamento de ideias, definindo um estilo próprio.

Mas, lembre-se: você deve estar comprometido com a atividade leitora. Só assim, ela ganhará velocidade, ritmo e, também, qualidade. Portanto, treine: releia sempre sua folha de registros, tendo em mente que leitura é construir sentidos.

O diário de bordo

O diário de bordo é uma excelente ferramenta para se preparar para vestibulares e concursos. Consiste em um quadro, no qual devem ser enumerados os tópicos de estudos que, por sua vez, são extraídos de uma série de conteúdos, como o edital de abertura do concurso ou os índices dos livros.

A nossa autora sugere que o desenho dos temas seja feito em colunas. Nessa folha deve haver todos os assuntos que serão estudados, de modo que ela funcione como um centro de informações.

Haverá, por exemplo, um registro dos conteúdos já estudados e das principais dúvidas e dificuldades que surgirem. Outro elemento crucial dessa estratégia consiste na visualização dos temas, que adquirem transparência à medida que representam uma forma de memorando.

Assim, fica mais fácil encontrar o ponto no qual você parou da última vez. No entanto, é indispensável identificar as diferenças entre aprender e decorar.

Para realmente aprender não basta memorizar informações: você deve empregar sua mente na construção do conhecimento e usar a memória para criar uma verdadeira rede de informações.

Notas finais

Diante de todos nós, há um mundo cheio de textos para serem lidos e interpretados. E as condições para acessar esse mundo está em suas mãos caso você queira ser participante desta festa de sinais e de formas simbólicas.

Ele espera participação. E o seu, o nosso mundo particular espera por essa ampliação. Que a sua história de leitura, que se atualiza a cada nova página lida, possa abrir-se a novos capítulos.

E que este microbook possa ser finalizado contando com a construção de sentido que você possa realizar. Sua leitura o faz vivo. Seu significado depende de sua leitura.

Que a experiência da leitura deste texto tenha dado seus frutos. Que ela também tenha plantado outras sementes.

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Quem escreveu o livro?

Ana Gonzalez, a nossa autora, é uma mestre e bacharel em Letras, e tem vasta experiência na área linguística. Ajudando milhares de pessoas a compreenderem melhor as estruturas textuais... (Leia mais)

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